À conversa com… Carolina, a Donna

A Antonella apresenta a sua amiga Donna.

A Carolina, ou seja a Donna, começou por ser uma colega de trabalho por quem se sente simpatia e que acabou por se transformar numa boa e querida amiga. Atrevida, apanhou-me desprevenida e confrontou-me com um conjunto de perguntas que me puseram a falar de mim. Mas, como qualquer comum mortal, só aceito um desafio se sinto que “vale a pena” e, neste caso, foi um desafio genuíno feito por alguém que é genuína para além de boa amiga.

Há sempre um “mas”, não sou de ficar quieta quando há coisas que requerem um retorno.  Então, como diz o ditado “virei o bico ao prego” e, com a última resposta apontei o caminho para esta reflexão da minha amiga e parceira de aventuras, a Donna.

Falar sobre nós próprios não é fácil, a que acresce o facto de a interpretação do que escrevemos ficar a cargo de cada um que lê. Com estas entrevistas entre nós, abrimos um pouco aos nossos leitores/seguidores aquilo que somos, o que nos levou até este ponto da vida. Com isto, esperamos ficar mais próximas dos nossos leitores e justificar a linha dos artigos que escolhemos publicar no nosso blogue.

Antonella pergunta, a Donna responde.

Quem é a Donna? Queres falar de ti, mulher, mãe, empreendedora …?

Donna: Esta agora fui apanhada na curva e bem apanhada… ahahahah. Já lá diz o ditado “quem anda à chuva molha-se”. Falar de mim não é fácil. É apenas e só uma conversa, por isso “bora lá”.

Os meus pais ensinaram-me o valor da família. Deram-me muito amor. Não os tenho fisicamente, mas estão no meu coração, vivem comigo. São a minha inspiração. Sou uma pessoa simples, que gosta de gostar… Da vida, das pessoas, da natureza, de rir, de contagiar os outros com a minha alegria e boa disposição, de ser feliz e de tudo o mais que há para gostar.

Tenho pelo na venta, sou teimosa, orgulhosa, mas tento sempre agir com justiça e sou também como tu Antonella, uma eterna inconformada. Vivo com paixão intensa, esse é o meu estado de espírito quando desejo algo ou conquistar um objetivo, mas daí a me considerar uma mulher empreendedora ainda vai alguma (longa) distância.

Dizem que o amor é o mais nobre sentimento de que é capaz um ser racional. Imagine-se o amor de uma mãe por um filho … Sou mãe (galinha) de uma filha que adoro. Mas que já “voou” e segue o caminho dela tal como eu segui o meu. É certo que ambiciono e aspiro um excelente futuro para ela. Espero ter-lhe dado toda a bagagem para ela seguir com sucesso a viagem da vida. Penso que lhe transmiti valores suficientes para fazer a sua caminhada e realizar as suas potencialidades, físicas, intelectuais, morais e espirituais. Sinto-me realizada.

 

Da imaginação à concretização do blogue hucilluc.blog
Fazia parte do teu mundo imaginário seres uma blogger? Como nasceu a ideia?

Donna: Não… never! Mas a vida tem destas coisas. A filha saiu de casa e eu senti aquele vazio. Naquela casa apenas existiam duas pessoas e não três. Apesar dos programas que fazíamos, ainda havia tempo que sobrava e a inércia instalava-se. Profissionalmente, tinha uma carreira estruturada de longos anos. Também nada de novo acontecia.

Precisava de alimentar o meu ego, a minha chama, sentir-me uma mulher ativa, colocar as ideias para fora. No fundo ser criativa. Mas também devo dizer que escrever não era propriamente o meu forte. Queria fazer eventos. Tinha uma amiga que fazia um “part-time” nessa área. Cada vez que me contava as suas histórias vividas eu ficava empolgada. Um dia também vou organizar eventos. Mas apercebi-me rapidamente da dificuldade que era conciliar a minha vida pessoal e a profissional com o organizar festas… O tempo era curto para tanta coisa.

As conversas entre amigos/as levam-nos até aos sonhos de outras pessoas. Damos conta que alguns são comuns. Queríamos ser fazedoras – fazer acontecer, não importa o quê. Apenas algo que nos desse um prazer indescritível… Mas que pudéssemos fazer em casa nos nossos tempos livres e seriamos nós e apenas nós as responsáveis por imprimir uma maior ou menor velocidade ao projeto.

E assim nasceu um blogue comigo a escrever para publicar, em conjunto com umas amigas, que se tornam cada vez mais amigas ao longo da nossa caminhada. Quem diria?

Ser bloguer e ter o blogue hucilluc
O que é para ti ser blogger? Blogar mudou-te a vida? Se sim, em que aspeto?

Donna: Nem sei muito bem o que é isso de ser blogger. Não tenho nenhuma definição. Para mim é muito simples. É como se tivesse num encontro de amigos, familiares, numa festa, a trocar impressões com colegas, com um filho … whatever… Onde e a quem expomos as nossas ideias, damos a nossa opinião, falamos de nós, discutimos, propomos soluções, aceitamos conceitos, falamos da atualidade do mundo, da vida, onde podemos ser influenciados ou ser influenciadores.

Na vida absorvemos tudo … o que lemos, o que ouvimos, o que vemos… Pois bem para mim ser blogger é isso… não estou com pessoas, mas posso estar. Escrevo para pessoas e também para mim. Mas escrevo o que gosto, dou opinião sobre o que sinto, expresso-me através da escrita para pessoas que conheço e para outros “olhares” que não vejo.

Claro que mudou. Permitiu-me conhecer mais de mim, despertou-me para outras realidades, tornei-me muito mais observadora, mais atenta ao mundo que me rodeia. Aprendi a “olhar” para o meu interior e para fora de mim. Até aí muitas coisas me passavam ao lado e agora estou “lá”, bem em cima do acontecimento. Encontrei-me com outras pessoas maravilhosas que de outra forma não teria com certeza oportunidade. Conheci projetos desconhecidos até então e que me deram muito prazer e me inspiraram como pessoa.

Aprendi a importância de saber comunicar. É uma arte e tem de ser tratada como tal. O ser perseverante, não baixar os braços, não desistir à primeira contrariedade, é uma mais-valia na aprendizagem da vida. Blogar avisou-me “Estás viva”, toca a agir ativamente, diz o velho ditado: “Antes de começar a tentar mudar o planeta, que tal arrumar o seu quarto primeiro?”.

Consideras que ter um blogue também é fazer parte do mundo dos “media”? Porque?

Donna: Claro que sim. Vivemos numa sociedade cada vez mais desperta para os fenómenos digitais. Somos amigas em perfeita sintonia e cumplicidade, embora diferentes, que imprimem diferentes conteúdos, mas que originam/transmitem conhecimento logo comunicamos. Não somos é jornalistas nem temos formação como tal. Falamos de coisas da vida, do interesse de uns e de outros logo estamos em “direto” para quem quiser ler e comentar, caso entenda que deve interagir e dar a sua opinião. Acabamos por vezes, sem querer, influenciar com a nossa opinião sobre temas da atualidade ou inspirar vidas com outros exemplos de vida ali transmitidos… Somos um “media” diferente, dependendo do conteúdo podemos segmentar uma audiência que se deseja atingir, para além de podermos amplificar uma mensagem…

Escolha dos Conteúdos e liberdade criativa
Como trabalhas as ideias para os artigos que publicas? Como consegues transpor a linha entre o self e o outro, entre o que tu sentes e o que achas que o outro vai sentir? Essa é uma preocupação real e complexa para quem escreve?

Donna: As ideias surgem do que observo na vida real ou uma das amigas propõe algo que nos inspira. Depois começo a escrever como se fosse um diário e guardo (deixo em banho-maria). Faço algumas pesquisas sobre a matéria, caso não a conheça profundamente, adiciono e componho com a parte anteriormente escrita. Vou cozinhando a “escrita” até ficar pronta. Outra amiga lê e retifica o que está menos bem. Na verdade, estamos muito alinhadas na escrita, cada uma de nós segue o raciocínio da outra, o que é muito bom.

Não nos podemos esquecer que estamos ao “vivo e a cores” para quem procura informação na Internet. A minha preocupação prende-se em manter um tema atual, deixar fluir e manter uma escrita simples, próxima de quem nos segue. Na certeza, porém, que escrevo o que gosto, apesar de saber quem nem todos irão gostar. Mas na vida é mesmo assim… “nem todos podem gostar de amarelo”…ahahah.

O que é para ti navegar no mundo social? A capacidade de perceber, compreender e partilhar sentimentos, emoções é nato ou é um trabalho de desenvolvimento constante? Ou ainda, tens algum pozinho mágico para a tua inspiração?

Donna: É uma grande novidade, isso é garantido. Nunca na minha vida pensei navegar tanto… pensava que enjoava. Mas afinal, surpresa das surpresas, aqui estou sã e salva… ahahah. Sou uma pessoa de emoções, com os sentimentos à flor da pele. Todos vimos ao mundo equipados com programas de reação emocional. Em consequência haverá algo que é nato, muito meu e que alguns são partilháveis e outros nem por isso. Por outro lado, nada se faz sem trabalho e no que respeita ao desenvolvimento pessoal e social, é importante um trabalho constante por forma a adquirir competências para alcançar o equilíbrio emocional perante as situações da vida a que estamos sujeitos diariamente.

Sim tenho um pozinho mágico … Acredito que a palavra escrita se não for acompanhada pelas emoções adequadas, as minhas que as escrevo e evidentemente as dos que a leem, dificilmente serão credíveis. Essa é a minha confiança e inspiração! “Porque tudo no mundo é eternamente belo e cada momento tem sua emoção inefável” Rafael Lasso de la Veja.

O que é mais importante a relevância dos conteúdos ou a tua liberdade criativa?

Donna: As duas terão a sua importância como é óbvio. Neste momento ainda estou no primeiro ano de blogue e ainda estou em fase de aprendizagem, pelo que considero relevante o que a escrita me dá em termos de liberdade criativa. Mas não dissocio da relevância dos conteúdos pois estão interligados.

Pensar o futuro: outros projetos
O que esperas alcançar com o blog?

Donna: Onde a arte e engenho me levarem. Dá muito trabalho manter um blogue e também alguns gastos, pelo que um dinheirinho extra será sempre bem-vindo. Mas quem não procura a realização pessoal, ou não ambiciona sucesso, enfim reconhecimento?! Acredito que é essencial saber comunicar para atingir todos estes patamares mais elevados.

Espero alcançar no futuro um forte crescimento de seguidores, uma boa interação entre os leitores e o blogue. Até lá vou fazendo o que gosto, estudando o que está bem e mal, apurar o que funciona e não funciona numa tentativa de construir a nossa presença digital e dar relevo à nossa página. Para tal, é necessário dominar alguns conceitos, pelo que estou em modo de aprendizagem constante. Mantenho a confiança e acredito que um dia o nome Hucilluc – Aqui e Ali liga-nos ao que nos Rodeia, será “badalado” q.b.

Tens algum projeto que queiras partilhar com os nossos seguidores?

Donna: Bom, Antonella a minha resposta é igual à tua… O projeto é o mesmo: “Há uma ideia que tem andado a bailar no ar entre nós (a amiga e eu), mas ainda é cedo para falar nisso. Aguardem novidades ao longo deste ano.”

E o que mais há a dizer …
O valor de uma amizade genuína
Há alguma pergunta que queiras responder e que não foi feita? Faz o favor de a fazer… a casa é tua.

 

Donna: Sim claro que quero, sua “marota”.

Pergunta: Quem nunca teve um sentimento de “vingança”? Antonella, nunca ouviste dizer que “vingança” é muito feio?

Resposta: A melhor forma de seguir em frente é perdoar-te… ahahahah e responder às tuas perguntas querida AMIGA Antonella… with love!

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