A lenda do Castelo de Almourol

Castelo de Almurol- Pelo negro da terra e pelo branco do muro
Uma versão da lenda do Castelo de Almourol.

Como acontece com todas as lendas, também neste caso existem várias histórias populares que contam romanceando a vida de cavaleiros cristãos e de mouros nos tempos idos do Castelo de Almourol. Aqui fica uma das versões da lenda do Castelo de Almourol que nos fala de amores e desamores vividos entre mouros e cristãos.

O alcaide do castelo.

Naquele tempo D. Ramiro era o alcaide do Castelo de Almourol. Enquanto cavaleiro cristão, regressava orgulhoso de combates contra os muçulmanos. Um dia na sua cavalgada de regresso, sentiu-se cansado e com sede quando encontrou duas mulheres mouras assustadas e receosas, a mãe e a sua bela filha. A jovem trazia uma bilha de água fresca que estivera a encher numa nascente ali perto. Quando D. Ramiro faz parar o cavalo próximo da jovem e lhe pede água para beber, a bela jovem fica assustada e deixa cair a bilha. D. Ramiro fica enfurecido, não se compadece da jovem que suplica por perdão, e acaba por matar as duas mulheres. Um rapaz mouro que acorreu aos gritos das mulheres, irmão da jovem, aproxima-se para se vingar da morte da mãe e irmã, mas D. Ramiro aprisiona-o e leva-o para o seu castelo.

A vingança do rapaz.

Chegados ao castelo, onde vivia D. Ramiro com a esposa e filha, logo o prisioneiro mouro planeia a vingança. Tempos depois, a mulher de D. Ramiro  adoece e, cada vez mais fraca, acaba por morrer. Foi vítima de venenos que o mouro lhe foi dando a pouco e pouco. Porém, o rapaz apaixona-se por Beatriz, filha de D. Ramiro, sendo correspondido por esta. D. Ramiro tinha já tudo planeado para casar a filha com um valente e influente cavaleiro cristão. Os jovens apaixonados, entretanto, tomam conhecimento dos planos do pai de Beatriz, e resolvem fugir do castelo.

A fuga dos amantes.

Numa noite escura têm tudo combinado, saem do castelo sem serem vistos e desapareceram para sempre. D. Ramiro morreu pouco depois, vitimado pelo desgosto. O castelo fica abandonado e, a pouco e pouco, fica em ruínas.

Diz a lenda que, nas noites de São João, o jovem casal pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem e, a seus pés, implorando perdão, o cruel D. Ramiro, mas o mouro inflexível responde-lhe com dureza: – MALDIÇÃO!

Desafio aos nossos leitores
Nas margens do Rio Tejo

 

No próximo dia de São João, programe um passeio por esta bonita zona do país, visitem o Castelo durante o dia. À noite fiquem nas margens do Rio Tejo à espera de ver aparecer o jovem casal nas torres do castelo. Se eles não aparecerem, delicie-se com o espetáculo da observação do céu e das estrelas.

 

 

 

Lei Aqui a nossa reportagem sobre uma visita a esta zona do país.

 

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