Art’Oeste Internacional no Palácio Baldaya
Não há muito tempo anunciámos a inauguração da exposição de artes plásticas contemporâneas, patente no Palácio Baldaya. Exposição que decorre no âmbito da Bienal Art’Oeste Internacional, agora é tempo de fazer uma reportagem e de desafiar os nossos leitores a uma visita.
O desfile de moda – Criadoras Paula Marques e Dália Cordeiro
O Palácio Baldaya ganhou ainda mais encanto com os eventos da Art’Oeste Internacional, aqui realizados. Para além da exposição em curso, contou com um desfile de moda. No dia 12 de julho, aconteceu a passagem de modelos de roupas criadas por Paula Marques e acessórios de moda, bijouteria em tecelagem, de Dália Cordeiro – Coleção Gelo inspirada em plantas endógenas da Serra de Montejunto, Cadaval. A animação musical esteve a cargo da harpista Margarida Marcelino.
“Tecidos cortados e modelados pela história do lugar a que pertencem.
Cada alinhavo, cada pesponto, cada peça, transporta em si uma narrativa para o vestir”
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A exposição
No Palácio Baldaya admire as 31 obras (pintura, fotografia e escultura) de 31 artistas plásticos, onde se incluem 9 obras em representação da República Democrática do Congo – Art Kimbangu – e vote nas 3 obras suas preferidas. Durante o circuito itinerante de exposições, o público tem oportunidade de eleger 3 obras expostas. No encerramento do circuito da Bienal Art’Oeste Internacional que acontecerá dia 18 de outubro, na Galeria Beltrão Coelho em Lisboa, serão apresentadas as 3 obras mais votadas e premiados os seus autores. Nós já elegemos as 3 obras que mais apreciamos. Não perca a oportunidade de visitar a exposição e de votar nas 3 obras que mais gostar.
Acompanhadas pelas curadoras Olívia da Costa e Anunciação Gomes, percorremos as salas admirando as obras expostas. Logo à entrada, do lado direito surpreendemo-nos com as cores e com a pintura de Art Kimbangu, numa tela cuja superfície se apresenta ondulada. A obra intitulada “Destinée de L´Homme”, representa o rosto de uma jovem, em tons cinzentos, com uma maça vermelha na mão. Mais adiante expostas noutra parede, vemos outras obras de Art Kimbangu cuja superfície se apresenta igualmente ondulada.
Ao longo da nossa visita à exposição fomos apreciando não só as várias obras de pintura e fotografia, bem como as originais e ricas esculturas de Art Kimbangu – no dia 6 de julho realizou-se a apresentação da Arte Kimbangu – e ainda uma peça escultórica da artista plástica MAR, com inspiração matemática (imagem mais à direita).
Seguindo a exposição admiramos as obras: “Natureza Chora” de Jorge Rebelo, o “Auto-Retrato” de Dália Cordeiro e ainda a original representação de rostos africanos “Exportation de la Sagesse” de Art Kimbangu.
Inspiração na figura humana
A artista plástica Cláudia Ferro está presente com a obra intitulada “Sonhos Despertos”. Uma jovem mulher, com os seus grandes olhos, repousa deitada no seu vestido vermelho. Observando esta obra reconhecemos a artista com um estilo e traço tão característico. Surpreendente na imaginação e no realismo a obra de Gaby Reynam. O espantoso Retrato de autoria de Silveira e “Festa da Senhora da Agonia” de Zita Duarte.
Paisagens urbanas que nos fascinam
Os olhos desviam-se para apreciar duas obras. A primeira de autoria de Lita Duarte em óleo sobre tela intitulada “New York”, a segunda de autoria de Alcida Morais em aguarela sobre papel, intitulada “Around My Place”.
O sonho está presente nas obras dos artistas.
O “Sonho III” de Maria José Castro – entre a geometria das linhas retas, os 4 círculos e as cores que difusas em volta, sonhamos castelos e vitórias a alcançar.
Continuando no mundo dos sonhos a obra “Dreams” de Maria Teresa Braz e a leveza e a elegância dos gestos da bailarina na Obra “Dreams” de Herberto Gomes
A natureza inspira os artistas.
A belíssima fotografia de um Pisco de autoria de Liliana Resende. As cores quentes e o céu azul encantam-nos na obra “Vinhas” de Isabel Alforrinha.
“Alvorecer na Ria” de Conceição Oliveira transmite-nos esperança num novo dia. A bela paisagem da costa portuguesa na típica povoação das Azenhas do Mar, tão perfeitamente apresentada na obra “Azenhas do Meu Coração” de Gia Gatão.
O verde da vegetação e a frescura das águas representando de paisagens portuguesas o “Rio Gerês, nas Termas” de Aparício Farinha.
A obra “Miradouro” de Ana Camilo. Lena Poinha apresenta “Inclusão”, uma das suas obras em que humaniza as paisagens citadinas urbanas, conferindo-lhe graça e força.
As cores e as formas
A harmonia das cores continua patente nas obras: “Invideo Ericeira” de Ana Malta e “Color Compage AM” de Vifer.
Navegar
“Navegar é Preciso” de Aucta Duarte a frágil embarcação que navega num mar revolto faz-nos lembrar da coragem e determinação necessária para chegar a um novo mundo.
Zeus – o rei dos deuses gregos e governante do Monte Olimpo
A terminar a ronda pelas salas vemos “Zeus”, uma obra de Nuno Confraria. Este artista continua a maravilhar-nos pela criatividade, pelo traço, cores e técnica que utiliza para se expressar pela arte.
No belo jardim do Palácio onde tomámos um sumo fresco e ficámos à conversa para saber mais sobre os próximos eventos, que brevemente iremos anunciar.
Nota importante: as imagens que aqui publicamos, pela falta de qualidade da câmara fotográfica e pela incidência na luz no local e momento da recolha da fotografia, não têm a resolução adequada para bem apreciar as obras.
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