Cumplicidade entre amigas.
Confidências em torno do amor é o que acontece quando 4 mulheres apaixonadas se encontram. É uma manhã de domingo de um dia de janeiro em que, tal como diz Rui Veloso, “está um frio de rachar,… Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover”. Numa esplanada de um café abrigado do frio, num centro comercial, 4 mulheres sentam-se à mesa e em torno de umas chávenas de café confidenciam entre si. O encontro estava marcado entre as três amigas do blogue, a Anna, a Donna e a Antonella. A quarta mulher do grupo, a Sarah, dedica-se com paixão à escrita. Já conhecida da Anna, partilhou recentemente no blogue hucilluc uma entrevista (Leia Aqui).
Quisemos conhece-la pessoalmente, olhar nos olhos e com ela partilhar as nossas histórias e anseios. Com algum receio fomos falando de nós, da importância de uma vida vivida com amor em todas as suas formas. A pouco e pouco sentimo-nos ligadas. Percebemos que somos iguais, transparentes na nossa forma de estar e a conversa fluiu. Uma conversa em cumplicidade que só as mulheres sabem ter.
A vida não é perfeita para ninguém. O importante é saber viver com as limitações que ela nos impõe e procurar, com amor, superar as adversidades.
Sarah falou-nos da sua experiência de vida, da dor da desilusão, do sofrimento da incompreensão e da forma como conseguiu encontrar a paz interior e ser feliz. Falou-se da força do amor e do amor maior, o amor de mãe. Maior amor não há! Três de nós somos mães, vivemos as alegrias e tristezas dos nossos filhos com tanta intensidade que por eles a tudo estamos dispostas. Falou-se da procura da paz e da felicidade. Independentemente das crenças de cada uma, todas concordamos que o que importa é encontrar esse local em nós e partilhar com os outros. Na conversa também se abordaram experiências de práticas como a meditação, a Biodanza, o reiki a construção de mandalas a astrologia e outras que visam promover o bem-estar.
Um encontro que era para ser breve, prolongou-se sem darmos por isso. A empatia sentida foi forte, como que um amor bailasse no ar e nos envolvesse, tal como o esvoaçar de uma borboleta que, por um momento, se juntou a nós.
O brilho que nos ficou no olhar – as palavras de cada uma.
Antonella
Agora, já em casa, pensado no encontro desta manhã posso dizer que hoje foi um dia particularmente feliz pois: “hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há” –Sérgio Godinho.
Sarah Musgrave pertence agora ao nosso rol de amigos.
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Donna o que sentiste?
“A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.”- Joseph Addison. Esse foi o caminho que percorri quando me sentei ao vosso lado e me souberam escutar atentamente. Transmitiram-me paz e amor, logo a felicidade entrou em mim apaziguando a minha dor ao sentirem-na como vossa também.
Fui de coração aberto conhecer quem não conhecia. Valeu a pena. Sintonizei-me na frequência do amor e a sensação de bem-estar fez brilhar a alegria em mim.
Anna, obrigada por que nos trazeres mais uma amiga.
Como me sinto gratificada por aumentar a amizade neste mundo de pessoas que se unem pelos laços do amor. Estes momentos de plenitude perduram nos meus pensamentos, nos meus sentimentos e conseguem acariciar o meu bem-estar. As vossas histórias são tão ricas e surpreendentes que contribuem para trilhar o meu olhar no horizonte.
Sarah fala-nos de ti, do teu sorriso.
Faltavam 20 minutos para a hora marcada, comecei a sentir um nervoso miudinho. Ia a caminho de me encontrar com três mulheres que me quiseram conhecer após uma entrevista que dei para o blog delas. Uma delas, a Anna, era minha conhecida de um universo diferente da escrita, da corrida, uma paixão que partilhávamos tal como vários amigos. As outras duas mulheres, eu ignorava por completo quem eram, o que sentiam, o que sonhavam e o que pensavam.
Sou tímida, quando digo isto em voz alta nem sempre sou ouvida, quem olha para mim nem sempre adivinha o que escondo, por isso sentia-me nervosa, não queria dececionar quem queria conhecer a escritora. Escritora, pois, sou escritora, mas ainda não me habituei a essa palavra, sinto-me mais como uma contadora de histórias que partilha emoções e recebe tanto de quem ouve o que tenho para contar.
A partilha de sentimentos e emoções.
Pontualmente, às onze horas, cheguei ao local combinado. Senti uma certa insegurança que se desvaneceu quando revi a Anna. Senti, de imediato, aquilo que sentira tantas outras vezes quando privara com ela, uma boa energia e isso fez-me sorrir. Posso dizer que houve uma empatia imediata com as duas mulheres que eu não conhecia. A conversa que começou, num primeiro momento, por ser acerca da Sarah escritora, passou a ser uma partilha de sentimentos e emoções que me encheram o coração, ali, estávamos nós, quatro mulheres de idades diferentes, vivências diferentes, crenças de vidas diferentes, a partilhar os mesmos sentimentos, a ter uma empatia na dor e na alegria de quem nada sabíamos até àquele momento. O tempo voou e pareceu faltar pois ficou tanto por ser partilhado. Nenhuma das quatro queria acabar aquele momento.
Acabámos por nos despedir com a promessa de que nos voltarmos a encontrar. Eu vim-me embora com uma hora de atraso para o almoço de família, mas vim de coração cheio. Estas são as pessoas que me inspiram a escrever, pessoas de verdade, pessoas que sentem, sofrem e que, apesar de todas as contrariedades da vida, continuam a sonhar e a lutar para serem felizes.
Hoje, fui tomar café com três amigas e regressei com o coração a transbordar.
Obrigada!