“Cores de Verão na Gardunha” fotografias de Bruno César

Serra da Gardunha

A Gardunha um refúgio na visão/fotografias de Bruno César.

O fotógrafo Bruno presenteia-nos com uma magnífica reportagem fotográfica “Cores de Verão na Gardunha”. A marcar este início de outono, partilhamos com os nossos leitores a sua visão deste local ímpar. São as cores quentes de verão que anunciam os tons castanhos dourados do outono e nos mostram que, cada época do ano, tem um encanto muito próprio.

A Serra da Gardunha, situada na região do centro do país, nos concelhos de Fundão e de Castelo Branco, atinge os e 1227 metros de altitude. É também conhecida por Gardunha uma palavra de origem árabe que significa “refúgio”. Esta zona é considerada a capital da produção de cereja em Portugal, mas há algumas décadas, a produção dominante era a castanha. As doenças nos soutos e os incêndios têm provocado alguma destruição. Atualmente a produção florestal abrange o pinheiro bravo e mais recentemente o eucalipto. No entanto, esta serra ainda é fascinante para os apaixonados pela natureza.

Olhar estas fotos do fotógrafo Bruno César, faz-nos recordar momentos de prazer e passeios agradáveis numa tarde amena de primavera ou outono pela natureza, siga-nos nesta viagem.

 

Serra da Gardunha na visão de Bruno césar
“Como um vento na floresta”
O céu limpo com a copa das árvores e suas folhagens verdes a chegar ao azul céu, fazem-nos querer passear pela natureza em busca de uma paz que nos abrace e nos prepare para uma semana de trabalho que se avizinha.

 

Serra da Gardunha na visão de Bruno César
“E como entre os arvoredos Há grandes sons de folhagem”
Aquela luz solar que atravessa os grandes galhos da copa das árvores e aquele céu azul pintado por nuvens brancas que nos emociona e nos fazem sentir num quadro precioso de uma beleza ímpar e que nos transmite vigor e ao mesmo tempo serenidade.

 

Serra da Gardunha
“Como um vento na floresta”
Continuando a nossa expedição, vimo-nos entre árvores, num caminho de terra de cor castanha e folhas caídas ladeado por arbustos e árvores que se abraçam no cume fazendo como que uma cobertura à nossa passagem. Aqui respira-se saúde!

 

Serra da Gardunha
“Minha emoção não tem fim”
Árvores, rochas grandes outras pequenas, várias espécies de plantas que nos acompanharam ao longo da nossa caminhada, de uma beleza rara, mostravam-nos que tínhamos de continuar este passeio.

Foi o que fizemos. E mais árvores apareceram, umas nuas outras semivestidas e, outras de roupagem completa, que nos apontavam o caminho. É por aqui, diziam!

 

Serra da Gardunha fotografias de Bruno César
“Também agito segredos, No fundo da minha imagem”
O sol continuava luminoso e iluminava a natureza e os passeantes. Que sorte, dia maravilhoso! De repente, surgem à nossa frente umas belíssimas plantas, tinham aquilo que parecia uns brincos, de cor rosa. Espetáculo, a natureza presenteava-nos com uns “brincos de princesa” que coloriam o nosso dia e a mãe natureza.

Serra da Gardunha

No meio desta tão rara beleza demos connosco a descer a serra, mas sempre acompanhadas por aquele tom quente, o castanho cor da terra. No céu bailavam as cores quentes de um dia de outono que começava a terminar.

O fim do passeio aproximava-se, resta-nos agradecer ao fotógrafo Bruno César, que com as suas excelentes fotografias nos permitiu sonhar e viajar pela Serra da Gardunha.

Continuando a viagem que as imagens de Bruno César, nos sugerem, terminamos com o poema “Como um vento na floresta” de Fernando Pessoa.

 

Como um vento na floresta

Como um vento na floresta,
Minha emoção não tem fim.
Nada sou, nada me resta.
Não sei quem sou para mim.

E como entre os arvoredos
Há grandes sons de folhagem,
Também agito segredos
No fundo da minha imagem.

E o grande ruído do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguém, temo ser bom.

 

Saiba mais sobre Bruno César em: À conversa com Bruno César Fotógrafo 

 

 

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