Manhã de domingo

Numa manhã de Domingo

As aventuras de duas amigas que sonham fazer a diferença, contribuindo para a promoção da alegria de viver gentilmente com o que nos rodeia, através de um Blogue. Sonhadoras sem dúvida, mas com os pés bem assentes na terra – sabemos bem o que queremos!

Acreditam que os contactos pessoais, olhos nos olhos, são essenciais a um são convívio e a um conhecimento mais sólido enquanto seres humanos. Com esta vontade de se encontrarem, de partilharem de viva voz os seus receios e as suas expetativas e de viverem em conjunto uma experiência, numa manhã de domingo, num dia quente de primavera, a Donna e Antonela levantaram-se cedo para visitarem o evento LX Rural-Market Lovers, que decorria no LX Factory em Lisboa, integrando a “Promoção da Candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa” apoiada pelas associações “A Costa Verde e Prata” e a “CULTARTIS”.

Antes de lhe falarmos do evento em si e da experiência acontecida, vamos dar-lhe algumas notas sobre o local específico onde tudo se passou. Este amplo espaço numa zona privilegiada de Lisboa ainda com características muito residenciais, edificou, no remoto ano de 1846, a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense em Alcântara. Hoje constitui um espaço com uma dinâmica muito interessante, onde se encontram instaladas várias indústrias e profissionais criativos, na área da moda, publicidade, comunicação, multimédia, arte, arquitetura, etc. propício ao convívio nos vários restaurantes e cafés ali existentes. No seu reportório de dinamização do local, acontecem feiras de rua levando muitos visitantes a procurar este local.

Nas suas habituais feiras de domingo entre as 10h e as 18h decorria, nesse dia, o Mercado LX Rural – do Município de Óbidos, com o apoio da Marca Oeste Portugal, do Município do Bombarral e com a participação do Turismo do Centro de Portugal.

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Percorremos as bancas existentes ao longo das ruas, comprámos chá, conversámos e rimos, apreciámos o material exposto, quadros, marcadores de livro, postais etc., no âmbito da promoção da Candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa e conhecemos pessoalmente duas figuras públicas, duas mulheres que ficámos a admirar pela exuberância na alegria de viver e/ou pela simplicidade de ser e estar, pelo percurso pessoal feito, pela vontade de fazer a diferença promovendo a cultura e a arte procurando apoiar e projetar artistas de merecido relevo. Falamos de duas mulheres ímpares que, com empenho individual, cada uma leva por diante um dos dois projetos de relevo nesta área das artes, a “Cultartis, Associação para a Cultura das Artes” e “A Costa Verde e Prata”.

Mais tarde, iremos falar com mais pormenor sobre os projetos, sobre estas mulheres e os artistas envolvidos. Em particular, iremos acompanhar a candidatura conjunta a Selo da República e a Postal da República, sob o tema “Oeste: Terra de Vinhedos e de Mar”, com as obras “SURFINHO”, selo do artista plástico Jorge Rebelo e “OPULÊNCIA”, postal do artista plástico Nuno Confraria.

Como resultado desta experiência e terminada a manhã regressamos, cada uma, a sua casa, com a alma mais cheia pois cultivamos a mente com a observação dos produtos expostos, da arte e o encontro pessoal com pessoas que merecem admiração.

Em torno da palavra cultura, transcrevemos António Damásio no seu livro “A Estranha Ordem das Coisas” que nos fala da vida, dos sentimentos e das culturas humanas:

Podemos agradecer a Cícero e à Roma Antiga a aplicação da palavra “cultura” ao universo das ideias. Cícero usou o termo para descrever o cultivo da alma – cultura animi -, devendo estar a pensar no trabalho dos campos e no seu resultado, o aperfeiçoamento e a melhoria do crescimento das plantas. Aquilo que se aplicava à terra podia igualmente aplicar-se à mente.”

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