Diana Seguro dedica-se ao desenvolvimento pessoal, para melhorar a nossa melhor versão. Nesta conversa informal, Diana Seguro fala-nos do seu projeto e diz-nos que é preciso utilizar todas as ferramentas que temos ao nosso dispor para atingirmos a nossa melhor versão:
“Porque nós somos um todo e quanto mais ferramentas tivermos ao nosso dispor para melhorar a nossa melhor versão, melhor é para nós. Daí englobar os vários conhecimentos de Coaching, Life design, PNL e até mesmo de terapias não convencionais. Um conjunto de todas elas e a sinergia das mesmas, vai-nos ajudar a ser melhor cada dia. Daí o meu projeto, englobar um pouco de todas elas, em alguma fase do processo.
Podes-nos falar do teu projeto?
O meu projeto é composto por vários projetos distintos, contudo, todos eles vão de encontro ao meu propósito de vida que é ajudar as mulheres a criarem uma vida livre, realizada e feliz, através do seu empoderamento. Trabalho com várias áreas, desde coaching, life design, PNL e até mesmo a área das terapias não convencionais, sobretudo quando são trabalhos do foro emocional. Porquê englobar isto tudo? Porque nós somos um todo e quanto mais ferramentas tivermos ao nosso dispor para melhorar a nossa melhor versão, melhor. Diz-me a experiência que quando utilizamos o conjunto e a sinergia de todas, conseguimos melhores resultados. Daí o meu projeto englobar um pouco de todas elas.
Por curiosidade, como surgiu o alinhamento para ajudar os outros?
Na realidade, já vem de alguns anos. Sempre tive o desejo de ajudar os outros. Quando era pequena eu queria ser médica e mais tarde acabei por tirar formação em terapias não convencionais para conseguir ajudar os outros de forma mais natural, mais ligada à nossa essência. Há quatro anos atrás, a trabalhar numa área completamente diferente, estava muito insatisfeita a nível profissional. Queria ter qualidade de vida com a família e com a exigência profissional e o tempo que me tinha que dedicar à empresa, era impossível. Sempre desejei conciliar trabalho e família e naquela altura não só não era possível, como me começou a afetar a nível emocional.
Estava numa busca incessante por algo que me desse tempo para a qualidade de vida que queria ter com a família.
Descobri o coaching nessa altura e durante uma conversa com uma coach, fez-me uma pergunta: “O que é que eu me via a fazer na vida? Do que é que eu gostava?”. Lembrei-me de um episódio quando tinha 14 anos. Trabalhava num café aos fins-de-semana e fazia o percurso casa-café. Um dia, ao passar por um vizinho, reparei que chorava bastante. Na tentativa de o acalmar, fui falando com ele para que não se sentisse tão triste. A tristeza dele tinha a ver com a família que não queria saber dele. Constava-se que não tinha uma boa relação com a família e sentia-se sozinho pois ninguém queria saber dele. Passada uma semana, encontrou o meu pai e disse-lhe que aquela tinha sido a melhor conversa em muito tempo com alguém e que o tinha deixado muito feliz. Fiquei feliz, mas na altura não tive noção do real impacto que tinha feito na vida daquele senhor.
Enquanto a coach me questionava, aquela lembrança do passado, foi para mim um sinal. O sinal de que teria impacto na vida das pessoas e que era algo que sempre gostei. Ajudar de alguma forma, as pessoas, a sentirem-se melhor. Este foi o ponto de partida. A juntar ao facto de me sentir infeliz, triste, ansiosa e um pouco depressiva, foi o início da minha caminhada enquanto consultora a nível de desenvolvimento pessoal. Assim como eu me sentia na altura, sabia que tantas outras mulheres passavam pelo mesmo e não só não queria continuar naquela situação, como queria ajudar as outras mulheres a ultrapassarem o mesmo. A terem finalmente um trabalho que as apaixone, conciliando qualidade de vida e tempo para a família, para os filhos. Que ajudasse de uma forma mais profunda, a trazer felicidade aos seus dias.
Quais as dificuldades com que deparaste para construíres o teu espaço?
Eu não tenho um espaço físico, trabalho essencialmente online, pois só assim consigo chegar aos clientes e a quem precisa e que está longe.
Com a internet, consigo chegar a mais pessoas e na maioria das vezes, também é mais cómodo para o cliente que não perde tempo em deslocações e está num ambiente que conhece, estando assim mais tranquilo na sessão.
O coaching e o desenvolvimento pessoal são as ferramentas para o propósito na tua vida?
São algumas das ferramentas que ajudam sem dúvida. Com elas consigo ajudar da melhor forma, não só a mim mesma como as clientes, no sentido de sabermos bem o que queremos, na tomada de decisão e ação.
Para ti o que é e como se atinge uma vida de sonho?
Para mim, uma vida de sonho é a vida que criamos sem qualquer reserva. É deixar de lado os preconceitos, as crenças, os medos e viver a vida tal e qual como sonhamos/ idealizamos.
Com muito trabalho, objetivos bem definidos e ações concretas. A vida de sonho constrói-se. E aqui entra o Life Design. A diferença entre o coaching e o life design é que o coaching trabalha um objetivo de cada vez e o life design junta todos os objetivos da pessoa em que se cria um plano de ação para 18 meses. Que é o tempo efetivo para haver real mudança de vida.
Quando queremos muito e acreditamos que é possível, chegamos onde queremos.
A vida de sonho está ao alcance de qualquer um.
Quais os esforços que fazes para beneficiar as pessoas?
Qualquer dos meus programas ou conteúdo gratuito, é feito para beneficiar as pessoas. Tento sempre conjugar as várias áreas de conhecimento, para conseguir beneficiar o mais possível. Por exemplo: Se vejo que a pessoa está a ter dificuldades a nível emocional, posso aconselhar o uso de determinados óleos essenciais que a ajudem a desbloquear a parte emocional. Trabalho muito com mulheres com baixa autoestima e autoconfiança, que querem perder peso, por exemplo, e nestas clientes é frequente conciliar ferramentas de desenvolvimento pessoal e óleos essenciais. A aplicação da sinergia tem excelentes resultados.
O que as pessoas esperam de ti?
De mim esperam que as consiga ajudar. E daí temos 2 vias. Ou consigo ajudar com todas as ferramentas que tenho e se não tenho vou à procura de soluções, ou posso de facto não ser a melhor ajuda para aquela cliente e encaminho a colegas que as consigam ajudar.
O que esperas das pessoas?
O que eu espero das pessoas é que consigam realizar os seus sonhos.
Espero que consigam realizar os seus sonhos e principalmente que consigam ser felizes dia após dia.
O diálogo da saúde é um tema importante nos nossos dias. A sensibilização existe ou existem projetos de vida que surgem tardiamente?
Considero que já existe muita sensibilização, mas o que acontece é que somos condicionadas por vários fatores, inclusive sociais. As pessoas estão sensibilizadas mas muitas vezes não conseguem colocar em prática, ou porque existe muita informação e não sabem o que é melhor para elas ou já tentaram de várias formas e sem sucesso. Isto faz com que abandonem os seus projetos, sobretudo por falta de confiança.
Nós somos um ser individual e devemos obter ferramentas adequadas a nós mesmos.
Muitas vezes não têm sucesso, apenas porque não estão a utilizar as ferramentas mais adequadas para si. Nós somos seres com bio-individualidades distintas e o que funciona para uns, pode não funcionar para outros.
Quais as áreas de maior preocupação que condicionam, por exemplo, a saúde?
Sem dúvida, familiar (relacionamentos de uma forma geral) e financeira. São duas áreas que condicionam e interferem no nosso bem-estar, na nossa saúde, pois um faz parte dos pilares do ser humano e o outro como algo essencial à nossa vivência. Quando estão desequilibrados, começam a afetar o nosso emocional e por vezes somatizamos em doenças.
Quais os sinais que são o reflexo da qualidade de vida?
Depende do que é para cada pessoa a qualidade de vida.
Cada um tem a sua própria noção de qualidade de vida.
Ter a nossa balança equilibrada em todas as áreas da nossa vida. Quer a nível financeiro, emprego, familiar, saúde, entre outras. Quando um peso da balança tende mais para um lado do que para o outro, então a qualidade da nossa vida fica abalada.
Para cuidar das pessoas, que ingredientes utilizas?
Utilizo um pouco de várias áreas, tais como coaching, life design, PNL, óleos essenciais, alimentação, respirações, entre outras.
O que comemos e a forma como comemos, refletem-se em nós. Por isso considero que a alimentação deve ser a base da nossa vida. Uma boa alimentação vai contribuir para uma vida de sucesso, pois é dela que adquirimos energia, menos doenças, um bom condicionamento físico, mental e emocional. Uma alimentação desadequada, deixa-nos sem energia, intoxicados, doentes. O que nos condiciona nas outras áreas da nossa vida.
Consegues nos dizer uma lista dos inimigos que as pessoas mais relatam?
As pessoas não relatam propriamente uma lista de inimigos. O que as pessoas mais relatam são as relações tóxicas que têm. Muitas vezes presentes a nível profissional e familiar.
Educa-se as pessoas para uma vida saudável? Com benefícios e recompensas?
Começa a haver mais consciência. A pandemia também ajudou muito nesse sentido. Nunca se viu tanta gente a praticar exercício físico, a ter mais cuidado com a alimentação. E mesmo antes, já começava a haver mais incentivos a um estilo de vida mais saudável. O que acontece é que as pessoas estão tão afogadas nas suas vidas, com vidas tão corridas que acaba por não ser uma prioridade, optando por aquilo que lhes dá mais prazer com mínimo esforço.
Não me faz sentido que se eduque para benefícios e recompensas, mas sim para a consciência do facto de ser essencial ao nosso bem-estar a longo prazo. Devemos educar para criar hábitos e não para criar momentos. Porque os hábitos mantêm-se e os momentos são isso mesmo, momentos.
O que as pessoas mais procuram?
As pessoas procuram a felicidade. Tentam alcançá-la com coisas externas, que ainda vão ter ou fazer, acabando por se aperceber mais tarde que a felicidade está dentro delas e nas pequenas coisas do dia a dia. Num sorriso, num cheiro que nos remete a uma recordação de infância.
Vivemos sempre no futuro e não aproveitamos o momento presente.
Outras das coisas que mais procuram é realização pessoal e profissional.
Podemos dizer que existem muitas resistências para nos tratarmos bem?
Sim. Ainda existe muito a crença de que não merecemos ou que não somos suficientemente importantes.
Quais as dicas de como se mudam hábitos para adotar práticas mais saudáveis?
Seja para práticas mais saudáveis, seja para adquirir novos hábitos em geral, temos que ser persistentes.. Precisamos ser persistentes e consistentes nas nossas ações para que se tornem hábitos. Uma dica é que mudem um 1% das ações diárias, de cada vez. Após esse 1% estar consolidado, ou seja, que se torne um hábito, podemos passar para mais 1% de outras ações.
Após 21 dias podemos dizer que já temos um novo hábito adquirido.
Tentamos mudar hábitos ou adquirir novos num curto espaço de tempo e isso acaba por não acontecer, pois precisamos de fazer as mesmas ações consecutivamente durante 21 dias, para que se tornem hábitos. Muitas vezes, ainda não temos um novo hábito adquirido e já estamos a começar outro. Assim, acabamos por não estar concentrados num até estarem definitivamente sólidos no nosso dia a dia.
Como é que nos podemos reinventar quando o nosso percurso de vida não causa satisfação?
Primeiro temos que tentar perceber o que nos está a deixar insatisfeitos. Se essa insatisfação tem a ver com causas externas ou internas.
Se for causas internas, deve investir em si e no seu desenvolvimento pessoal de forma a ganhar clareza do que quer e até mesmo descobrir o seu propósito de vida.
Se for causas externas, tentando ser criativo, colocando ideias em prática, arranjando novas formas de fazer as coisas, novas soluções para as nossas questões.
Só nos conseguimos reinventar, quando mudamos a forma como nos vemos e mudamos as nossas ações.
Uma vida cheia de vida ou uma vida com várias vidas?
Uma vida cheia de vida, sem dúvida. Conseguimos viver tudo numa vida só.
Podemos e temos esse dever de sermos e vivermos tudo o que queremos. Uma vida cheia de vida tem altos e baixos. Imaginem um electrocardiograma em que o ritmo cardíaco tem picos altos e baixos. Quando temos uma linha significa que morremos. Aquelas pessoas que morrem (coração deixa de bater) e que o coração volta a bater, relatam que tem uma nova oportunidade de viver “uma nova vida”. Se avaliarmos esta questão, foi preciso um grande acontecimento na vida para ter que ter “uma nova vida”. E isso foi o culminar de uma situação.
Na nossa vida, os altos e baixos são positivos, significam que existe vida cheia de vida, em que tudo o que acontece, acontece com intencionalidade o mais possível. Se permitimos linhas na nossa vida, significa que estamos a viver uma vida sem intencionalidade, uma vida levada pelo vento em que o piloto do avião não somos nós e sim outros.
A disciplina e a atividade intensa ajuda-nos a alcançar uma longevidade plena ou serão outras dimensões?
A disciplina quer-se em tudo. A atividade e falamos em física e mental, ajuda-nos sim a alcançar uma longevidade plena, quer a nível físico, quer a nível espiritual e mental.
Quando falo em atividade mental, é trabalhar a nossa mente de forma contínua, através por exemplo de meditação, intenções, respirações. Não só ajuda a trabalhar o subconsciente de forma a conseguirmos usufruir mais do nosso cérebro, como estamos a prolongar a sua longevidade.
Quando trabalhamos o subconsciente conseguimos ir mais longe na nossa imaginação, criatividade e consequentemente nas nossas ações.
O que é mais desafiante e estimulante no teu trabalho?
As clientes desafiam-me a procurar mais ferramentas para as ajudar e isso, para mim, é super estimulante.
Trabalho muito com clientes com baixa auto-estima e auto-confiança, muitas vezes bastante magoadas de relações em processos de autocura e o facto de poder ajudar aquelas mulheres a tornarem as suas vidas melhores é o que mais me estimula bastante. O facto de poder ajudar cada mulher a melhorar a sua vida.
Quais as pessoas, nacionais e internacionais, que mais admiras que apresentam matérias interessantes relacionadas com o teu trabalho?
Em termos nacionais, tenho uma grande amiga e colega da área que admiro bastante em termos pessoais e profissionais. É dos seres humanos mais bonitos que conheço. Uma autêntica força da natureza, que é a Catarina Louçada, Coach de negócio e com a qual tenho o privilégio de trabalhar.
Gosto muito da Marie Forleo. É uma excelente profissional com um início de carreira absolutamente maravilhoso.
Há um projeto de um casal, que se chama, Boho & Beautiful com alimentação saudável e yoga. Adoro a energia que transmitem. Só o facto de os ouvir inspiram-me! Uma das coisas que faço de manhã é colocar os vídeos deles no youtube e faço yoga. Adoro aquele meu momento matinal.
Todas as pessoas deviam ter um ritual matinal, para trazer inspiração e motivação ao seu dia.
São estas as pessoas que mais me motivam e mais me inspiram.
O que está nas tuas mãos para tentares dar o melhor de ti aos outros?
Neste momento tenho várias ferramentas e conhecimentos que ajudam a mudar vidas. Utilizo todos os meus recursos, através das sessões ou programas. Estou também em vários projetos com colegas e vários negócios em que todos eles têm uma linha em comum. Ajudar os outros a criar uma vida à medida. Seja a nível pessoal ou profissional. De alguma forma todos eles têm a ver com este meu propósito de mudar vidas.
Qual o teu maior conselho?
O meu conselho é para as pessoas seguirem os seus sonhos. Há sonhos maravilhosos, guardados por vezes, por décadas.
Nós só precisamos da ajuda certa, das pessoas certas para estarem ao nosso lado, da nossa persistência e da nossa paixão. Sem dúvida, os sonhos não são para serem deixados na gaveta. Se nós sentirmos que aquilo é para nós e queremos alcançar aquele sonho, devemos ir em frente independentemente de tudo e todos.
Um agradecimento especial à Diana Seguro!