O Inverno que chega!
Para nós, que vivemos no hemisfério Norte, sentimos que o inverno se aproxima trazendo também a época do Natal. Aquela estação do ano de dias pequenos. Muitas vezes dias frios e húmidos em que apetece ficar no conforto de casa. Mas, quando o sol se apresenta radioso, embora em dias frios, o apelo para uma saída em passeio por aqui e ali é grande.
Estamos em dezembro e temos vindo a observar as transformações que ocorrem na natureza. Desde o final do verão que assistimos à variação das cores na natureza, entre o verde, o laranja, vermelho e amarelo das folhas das videiras, das árvores …
Olhamos para o alto e observamos as árvores que pouco a pouco se vão despindo. As folhas deixam-se cair levadas pelo vento. No chão, formam-se belos tapetes coloridos em tons de amarelo sobre o verde da relva ou, nas cidades sobre as pedras das calçadas. Um regalo aos nossos olhos.
Mas para apreciar cada um destes momentos e se sentir em harmonia com tudo e todos, é necessário que, fisicamente, se sinta em forma. Nesta época são comuns os resfriados, as irritações na garganta e a tosse. Nestas alturas é essencial prevenir para que as irritações sentidas não passem a doença mais grave.
O Xarope de cenoura
Nas minhas memórias de infância existem imagens da minha mãe a preparar xaropes caseiros feitos com amor, para tratar a família quando havia esses sintomas. A deliciosa receita do xarope da minha mãe, que agora eu também faço para a minha família, é muito simples. Faz-se do seguinte modo:
Numa tigela colocar uma camada de rodelas finas de cenoura, rodelas finas de limão e por cima uma boa colherada de mel. Repetir estas camadas de cenoura, limão e mel. Deixar macerar de um dia para o outro.
Esta mistura, ganha um líquido delicioso entre o doce do mel e da cenoura e o travo ácido do limão. Depois com a colher pressiona-se um pouco o limão para que largue mais suco. Colher a colher, vá bebendo este delicioso e salutar xarope. No final, gostando, comem-se as rodelas de cenoura que ganharam o doce do mel e o travo do limão.
Lembro-me também, de haver uma caixa em cima do aparador da sala de jantar, com uns rebuçados. Eram doces e saborosos. Nós, crianças gulosas, tínhamos sempre vontade de comer um rebuçado, mas a minha mãe guardava-os para quando alguém adoecia com tosse ou irritação da garganta. Eram os conhecidíssimos rebuçados peitorais do Dr. Bayard.
Os “rebuçados peitorais Dr. Bayard”
Tenho por hábito comprar estes rebuçados em alguns supermercados sempre que os têm à venda. Existem também na forma de rebuçados fabricados pelas marcas ditas “brancas” do supermercado, mas garanto que não são a mesma coisa.
Recentemente num dia outonal, entrei numa farmácia e vi num dos expositores as embalagens de rebuçados do Dr. Bayard expostos de tal forma que me fizeram avivar memórias antigas. Por tudo isto, fiquei curiosa e procurei saber um pouco mais sobre estes rebuçados fabricados em Portugal. Descobri uma bela história que está associada à origem dos rebuçados que remonta aos idos anos 40. Tudo sucedeu em consequência dos acontecimentos associados à Segunda Guerra Mundial.
Resumidamente, é a história de Bayard, um médico francês exilado em Portugal. Aqui, foi ajudado por Álvaro Matias, um jovem que trabalhava numa mercearia na baixa Lisboeta. Como reconhecimento pela amizade e ajuda que o jovem lhe dava pois, sempre que podia, dispensava-lhe alguns dos produtos alimentares, que escasseavam devido à guerra, entregou-lhe o seu segredo – a receita dos “rebuçados peitorais Dr. Bayard”.
Consulte o site da marca dos “rebuçados peitorais Dr. Bayard”, leia a bela história e conheça os produtos disponíveis. Aproveite para equacionar incluir estes rebuçados nas suas compras de Natal.