“Pés, para que os quero, se tenho asas para voar” – Frida Kahlo

Mulher inspiradora que na sua época se fez notar pela força de vida que tinha em si, pela luta na defesa dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo, pela exuberância na sua maneira de ser e na sua arte.

Frida Kahlo nasceu no México, viveu entre 1907 e 1954, conhecida pelos seus autoretratos de inspiração surrealista, pelas suas fotografias e também pelas roupas e enfeites coloridos. A doença surgiu desde cedo, com seis anos contraiu poliomielite, com 18 anos sofreu um acidente na sequência do qual veio a amputar uma perna.

Frida Kahlo uma mulher que constitui para todos nós independente da época em que vivemos, um exemplo singular de vida inspiradora, de caráter, de paixão e orgulho, de trabalho incansável e de resistência. Pintora e artista plástica por paixão, soube usar a arte para superar a dor e os constrangimentos físicos que sofreu, não permitindo que nada a diminuísse como pessoa.

Pode visualizar aqui um documentário sobre a vida desta mulher, de onde retirámos a foto publicada.

Colorir a vida sem prisões!
pavão

Por vezes, as circunstâncias em que crescemos e nos tornamos mulheres/homens fazem com que se goste, desde jovens, da leitura. Ao ler, podemos alhear-nos de tudo o mais, deixando-nos transportar para os cenários que os livros nos ditam. Desde jovem, que sentia que havia algo que não podia aprisionar em mim. Com o passar dos anos, julguei que o que em mim transbordava, não sei se de imaginação estimulada pelos livros, se de felicidade, se de amor ou de outra coisa que, algum psicólogo habilitado saiba classificar, iria abrandar e me iria aquietar. Constato o contrário, por vezes, sinto-me sem folgo quando, alheada de tudo o mais, observo a natureza, ouço uma música, ou algum acontecimento simples que revele sensibilidade e fraternidade por parte dos envolvidos e logo vem uma emoção que me faz alagar os olhos.

Que nada nos faça prender a locais, pessoas e circunstâncias com as quais não nos sentimos confortáveis. Nós, efetivamente somos viajantes, viajamos em nós próprios e movemos-nos em sintonia com a terra. Assim, nada é fixo tudo flui e se move, nada nos obriga a ficar presos num local, a pessoas ou a circunstâncias, podemos vaguear pelo espaço imenso que é o universo. Quando acontece sentir necessidade de sair, não por falta de resiliência, mas porque chegou o momento em que as palavras “Pés, para que os quero, se tenho asas para voar” de Frida Kahlo se aplicam na íntegra, então é altura de sair física e psicologicamente.

Há homens e mulheres que ao longo da história da humanidade vamos conhecendo pelo testemunho indelével das suas vidas e nos servem de suporte nos momentos nos quais sentimos que também, as forças querem viajar para fora de nós.

2 comentários em ““Pés, para que os quero, se tenho asas para voar” – Frida Kahlo

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