Uma canção pode ter vários intérpretes que lhe dão uma cor diferente.
Naquele fim-de-semana, não sei se sábado se domingo, mas pouco importa, naquela hora ocupada com os afazeres da casa depois de uma semana longa de trabalho, – como na maioria das pessoas na verdade, uma história aconteceu e entrou no mundo da minha casa.
O som ia-se fazendo escutar pela casa, mas sem grande atenção tão atarefada me encontrava. Pouca importância dei ao que estava acontecendo dentro daquela caixa a que damos o nome de televisão. Ligada apenas para me sentir acompanhada com o ruído de fundo que ela produzia, nos seus diversos conteúdos programáticos que iam por lá passando, que sinceramente não tomei devida nota.
Neste estado de espírito de perfeita distração, naquele período da manhã, impávida e tão absorvida na minha “lufa-lufa”, tentava teimosamente colocar em ordem a desordem procurando antecipar a nova semana que rapidamente iria chegar.
Mas, o ruído teimava em fazer-se escutar transformando-se em som! De tal forma que chamou a minha atenção, prendendo-me com um som melodioso, que eu conhecia. Desconhecia a voz de quem interpretava e entoava a canção, naquele preciso instante apenas sabia que conhecia a canção, mas não naquela voz, também ela melodiosa e doce.
Como uma canção pode ter vários intérpretes que lhe dão uma cor diferente, uma alma nova e vida nova, curiosa, questionei-me sobre quem seria a dona daquela voz.
Afastei-me do que estava a fazer, levantei os olhos para ver quem era, parei, escutei e rendi-me à voz e à história que estava prestes a ser transmitida a quem, como eu, gosta delas bonitas. Histórias reais onde a solidariedade se faz presente e as experiências vividas são apresentadas na primeira pessoa.
Aqui fica o relato simples de uma reportagem simples que, sem querer, chamou por mim e mereceu a minha resposta positiva: sim estou aqui… sim vou contar … sim no nosso blog, porque há experiências de vida que não podem nem devem ficar no silêncio de quem as viveu, têm de ser partilhadas para inspirar quem espera ser inspirado.
Senta-te que aí vem história … “A cantora da Rua Garrett”
Era uma vez uma adolescente de 20 anos, Ana Carolina de seu nome artístico Caroletta (no instagram), com a sua viola e a sua voz, sentada num degrau cantava enquanto dedilhava o seu instrumento, na zona do Chiado em Lisboa, mais precisamente na Rua Garrett, como tantos outros por esta Lisboa cheia de artistas, na tentativa de ganhar algumas moedas para pagar a sua formação e conquistar a sua independência.
Alguém passou, escutou o “Trevo”, parou e cantou com a jovem, era nem mais nem menos que o cantor Diogo Piçarra.
Fica Aqui o vídeo desta história de encantar, contada pelos próprios, num relato simples mas vivido como uma experiência inspiradora e ímpar. Oiçam!
Vi essa reportagem e também me sensibilizou bastante.
E Ana Carolina tem uma belíssima voz!