“Só morre aquele que não viveu” – Frida Khalo

Como não admirar Frida Kahlo!

Frida Kahlo continua a inspirar-nos como mulher e como artista que soube transformar a dor em arte!

Por isso a morte é tão magnífica. Porque não existe, porque só morre aquele que não viveu.”

“Cuatro Campanadas” Frida Kahlo

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Visita à exposição de Frida Kahlo no Porto

No centro histórico da bela cidade do Porto, próximo da Torre dos clérigos, surge um imponente edifício, outrora Cadeia da Relação, onde se encontra instalado “O Centro Português de Fotografia”. Aqui está patente uma exposição a não perder, “Frida Kahlo – As suas Fotografias” até ao dia 4 de novembro de 2018. O preço do bilhete é oito euros e reverte para a Associação Salvador, que apoia pessoas com deficiência motora.

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Frida Kahlo, uma mulher ímpar que nos inspirou a escrever um artigoPés, para que os quero, se tenho asas para voar, e que nos continua a inspirar no amor pela vida, na atitude alegre e exuberante, na coragem na superação da dor, na arte e na liberdade de espírito. Tal como Frida, vivamos sem medo de ser quem queremos ser, de ser livres…

 

O que mais me marcou nesta exposição

O que mais me marcou desta visita à exposição foi, sem dúvida, o documentário que revela momentos relevantes da sua vida e algumas das suas mais importantes obras. O documentário mostra a influência do pai Guillermo Kahlo um emigrante alemão, homem culto e liberal, um fotógrafo que gosta de se autofotografar (já havia selfies…ahahah). A mãe, mestiça mas com sangue espanhol, era muito religiosa, transmite-lhe o gosto pelos trajes indígenas e o orgulho pela identidade Mexicana. O marido Diego Rivera, com uma personalidade muito própria, corpulento diria que, à imagem do conto de fadas francês da Bela e do Monstro, fisicamente parece o mostro junto da figura delicada de Frida. Diego era um pintor reconhecido mas que soube apreciar Frida e sua arte. Engana-a com a sua irmã, Frida sofre e veste-se de acordo com os seus sentimentos.

Sou uma mulher prostrada no caminho da dor e da amargura, uma mulher cheia de dores e sofrimentos físicos. Também a alma e os sonhos me doem, os meus sentimentos estão tão danificados como a minha coluna.”

Sobre ela Diego disse:

Eu recomendo-a, não como esposo, mas como admirador entusiasta do seu trabalho amargo e terno, duro como ferro e delicado como a asa de uma borboleta, adorável como um sorriso, profundo e cruel como o que há de mais implacável na vida.

O que me fica na memória

Fica na memória a imagem do olhar penetrante e desafiante que vemos nas suas fotos e pinturas. Uma postura sedutora, sem vergonha das deformações físicas do seu corpo que se agravam com o tempo (1907 – 1954). Um médico que depôs no documentário afirma que numa escala de 1 a 10 a dor física de Frida se situava, grande parte das vezes, no 10.

Não estou doente, estou destroçada …mas estou feliz por estar viva, desde que possa pintar.”

A fotografia fazia parte da sua vida manipulava-as com recortes e desenhos. Nas salas contíguas à da projeção do documentário, podemos apreciar um conjunto de fotografias que foram encontradas na “Casa Azul” a casa na Cidade do México, onde a pintora mexicana passou grande parte da sua vida e, que agora, é o Museu Frida Kahlo, conhecido como Casa Azul. As fotografias mostram pedaços da sua vida, as suas origens, o seu corpo dilacerado, amores e desamores, amigos e outras personagens que de algum modo tocaram a vida desta mulher.  Frida envolta em ligaduras é fotografada por um amante depois do seu divórcio. Mostra-nos que, apesar da dor, continua uma mulher sedutora.

Para finalizar, sugerimos que saiba mais em:

Centro Português de Fotografia

Associação Salvador

 

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