Em Lisboa nasceu uma nova Associação Cultural, a Valsa, no sítio da Penha de França!
A fotografia das duas jovens sorridentes, com um o ar de quem, com boa disposição, está inspirado com a vida, é de Nuno Pinto Fernandes, para a revista Evasões e foi-nos cedida pela Associação Valsa.
Marina Oliveira e a amiga Mariana Serafim voaram de São Paulo para Portugal e lançaram-se neste projeto. Um espaço multifacetado que oferece bebidas e petiscos, mas também uma loja de livros e discos e uma agenda cultural mensal, onde se pode dançar a valsa e não só! Pode escutar discos, assistir a uma sessão de cinema, deliciar-se com todo o tipo de workshops realizados ali mesmo e ainda mais… Mas, nada melhor que as próprias, para nos darem nota de que, a inspiração surge em todas as idades, que os sonhos vividos devem ser partilhados para inspirar quem ainda não sabe que sonha. Todos juntos, somos melhores e podemos, em consciência, colocar os sonhos em evidência e ajudar na concretização da felicidade individual e coletiva.
Walt Disney afirmou “Se você consegue sonhar algo, consegue realizá-lo!”. Aqui fica o testemunho destas duas jovens na palavra escrita.
Leia, leve e inspire-se …. Realize e Valse!
Marina Oliveira e a amiga Mariana Serafim falam de si e da Valsa
Nós: Quem são a Marina Oliveira e a Mariana Serafim? Como se apresentam?
Valsa: Ambas nascemos em Santos, litoral de São Paulo e nos conhecemos/brincávamos juntas em encontros de amigos dos nossos pais, quando tínhamos por volta de 10 anos de idade. Alguns anos depois, nos reencontramos no conservatório de música (Marina estudando guitarra e Nika, como sou conhecida, baixo). Tivemos uma banda juntas por alguns anos e de aí por diante fizemos parte do mesmo grupo próximo de amigos. Marina estudou arquitetura, mas sempre trabalhou com urbanismo. Veio para Portugal fazer um mestrado em urbanismo sustentável. Nika é formada em hotelaria e teve a sua carreira construída nesta área, mas além disso também estudou Produção Musical e Produção Cultural.
Nós: Como nasceu esta associação cultural? Foi um sonho concretizado no imediato?
Valsa: Já em São Paulo, onde passamos a viver após o ingresso na universidade, realizamos alguns eventos, festas, feiras, vídeos, blog com outros amigos. O coletivo já tinha o nome VALSA. Seguimos nossos outros projetos e por coincidência, nesse momento da vida, nos reencontramos em Lisboa. Marina sempre quis fazer algo relacionado à alimentos e bebidas e Nika algo com cultura. Juntamos as vontades e criamos um lugar “físico” para o VALSA, que hibernou por alguns anos.
Nós: Como e porque o nome “Valsa”?
Valsa: A verdade é que não nos lembramos muito do momento da escolha do nome – nos tempos do coletivo. Mas Valsa é um substantivo feminino, curto, fácil, com um sentido artístico e cultural intrínseco, que remete à movimento entre outras coisas. Funciona. Não poderíamos escolher outro nome.
Nós: Quais as características diferenciadoras deste conceito e deste espaço?
Valsa: Não sei se isso de fato existe, já que ainda nem descobrimos o que somos. Posso dizer que oferecemos atividades culturais gratuitas para todos os públicos, num lugar esquisito, cheio de plantas, que mais parece um clube privado italiano do fim dos anos 70, com um snack-bar que serve petiscos simples, mas com bons produtos. Nos preocupamos muito com a representatividade, de mulheres, principalmente, e isso sempre está em pauta nas nossas decisões. Os preços também são justos, para bons produtos, mas para que todos possam ter acesso.
Nós: A localização do espaço foi alvo de algum estudo ou apenas aconteceu?
Valsa: Queríamos estar próximo do “fervo”, mas não dentro dele. Estamos perto da Graça, dos Anjos, do Intendente, bairros já conhecidos pela oferta cultural, mas não estamos necessariamente neles. A Penha de França ainda é um bairro residencial tradicional e valorizamos isso. Trazer alternativas culturais aos moradores do bairro. A escolha também veio no momento em que vimos essa montra gigantesca e conhecemos a vista “alternativa” do miradouro da Penha de França, que está a menos de 200 metros de nós.
Nós: É um espaço com uma agenda cultural “viva”. Quais as áreas que se desenvolvem na Valsa?
Valsa: Não temos limites e estamos abertas ao que vier, se interessar a comunidade e não fomentar nenhum tipo de preconceito ou discriminação. Aqui trabalhamos com inclusão e senso coletivo! Faz quase 2 meses que abrimos. Até hoje, fizemos eventos de cinema, música, comida, poesia, tatuagem, cerveja, entre outros.
Nós: Quais as parcerias envolvidas neste projeto?
Valsa: Nossos maiores parceiros são: a mercearia Comida Independente, a Micropadaria e as editoras musicais Flur, Cafetra e Lovers & Lollypops e a cerveja MUSA. Mas temos outros mil parceiros que trabalham conosco nos eventos, na parte criativa, vendas, divulgação, programação etc.
Nós: Pode-se afirmar que este novo espaço é já um sucesso na praça lisboeta?
Valsa: Acho que ainda não. Mas tomara que em breve 🙂
Nós: Que tipo de petiscos os clientes podem saborear?
Valsa: Tábuas de queijos e enchidos e algumas tostas, com produtos de pequenos produtores portugueses. E Bebidas? Vinhos naturais, cervejas artesanais, café de torra clara da etiópia (método filtrado ou aeropress), chás finos, sumos etc.
Nós: Têm alguma preocupação específica quando adquirem e preparam os petiscos?
Valsa: Não sei se entendi a pergunta. Mas a nossa preocupação sempre foi trabalhar com produtores pequenos e com bons ingredientes, isso significa, com o processo mais artesanal possível.
Nós: Quais as vossas perspectivas futuras?
Valsa: Boa pergunta. Acho que sermos reconhecidas pelo que fazemos. E ser um lugar onde as pessoas querem vir sempre, seja para tomar um copo, trabalhar, participar de uma atividade, ler, ou simplesmente conviver.
Nós: Querem deixar algum apelo aos nossos leitores?
Valsa: Venham ao VALSA, que é para todo mundo!
Tel. 212495720
valsavalsou@gmail.com
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sítio porreiro, sim senhor 🙂 PedroL