A Poluição e a fragilidade da vida humana

As alterações climáticas sentidas este verão (2018) em Portugal

Este ano de 2018 vive-se em Portugal um verão estranho, com um mês de julho de temperaturas baixas e dias acinzentados, um início do mês de agosto de temperaturas bastante acima dos 40º, não normais para o nosso território, onde deflagram violentos incêndios que, Aqui e Ali, têm consumido não só vidas como os bens das populações. Realidade nua e crua que um documentário a que assisti me recordou e deixou a pensar na fragilidade da vida humana, na necessidade de preservamos a casa comum que habitamos – A Terra –  como garantia da nossa própria sobrevivência.

 

O que cada um de nós pode mudar

Cientes de que não podemos mudar interesses e poderes maiores, podemos através da nossa prática diária, procurar mudar as nossas atitudes para mudar o que nos rodeia. Estudos que vão sendo publicados e noticiados nos meios de comunicação social, falam-nos do grave problema da quantidade de plástico que existe nos oceanos e suas consequências.

Todos sabemos que os recursos que o planeta que habitamos nos oferece, são cada vez mais escassos, estão a esgotar-se e nós seres humanos estamos a forçar o limite do planeta, apesar dos avisos. O uso indiscriminado dos recursos  naturais, o desperdício e a poluição associada,  não deixa espaço à regeneração natural de novos recursos essenciais à nossa sobrevivência, provocando alterações significativas aos ciclos naturais do planeta.

Todas as espécies possuem capacidades de adaptação a novas condições ambientais e a espécie humana não quebra essa regra. No entanto, a vida humana parece ser a mais frágil. Não há muito tempo, assisti a um documentário sobre a catástrofe, resultante do maior acidente nuclear ocorrido, de Chernobyl na Ucrânia. Verifica-se que passados todos estes anos, a vida humana ainda tem dificuldade de sobrevivência e são muito poucas as pessoas que vivem dentro do perímetro da vasta zona afetada. O contrário está a acontecer com a vida selvagem, que se adaptou, modificou algumas das suas características e prospera. O estudo referido no documentário, apresentou imagens captadas por câmaras fotográficas instaladas para avaliar a vida selvagem local, diz-nos que a radiação que contamina toda a região, parece ter pouco impacto na distribuição das populações das espécies selvagens, no entanto apresentam uma longevidade mais curta pelos efeitos da radiação. Do mesmo modo, está a formar-se uma nova floresta de pinheiros e bétulas. É a natureza a adaptar-se! E nós humanos seremos capazes de nos adaptar e sobreviver saudáveis num planeta doente?

Para nós, ter práticas sustentáveis e amigáveis em termos ecológicos é fundamental! Precisa mesmo de utilizar tantos sacos e tantos produtos plásticos?

Para contrariar este “normal” estado das coisas, lançamos um desafio:

Lutar contra o uso excessivo do plástico.

É preciso agir! Adote hábitos tais como:

  • Sempre que comprar apenas uma peça individual de fruta, hortaliça ou outra, não coloque dentro de saco plástico. Em qualquer situação procure utilizar sacos de pano, ou feitos de materiais reciclados;
  • Nos cafés, recuse as palhinhas e as palhetas plásticas, peça uma colher para dissolver o açúcar;
  • No trabalho, use uma chávena de louça, em vez do copo descartável;
  • Não utilize louça plástica descartável;
  • Utilize uma garrafa de vidro ou metal para transportar a água;
  • Não utilize caixas plásticas para guardar comida, use caixas e frascos de vidro;
  • Procure utilizar produtos alternativos às tradicionais escovas de dentes e cotonetes discos de limpeza facial, etc.
  • Sempre que possível escolha produtos reutilizáveis.
  • Reduza ou anule o consumo de cosméticos com esfoliantes sintéticos e repense o seu consumo trocando-os por produtos caseiros.

Sempre que utilizar ou adquirir algo, faça-o de forma consciente e sinta-se feliz por saber que a sua atitude é amiga do ambiente e promove o bem-estar geral.

Aceite o nosso desafio

Se quiser, quando um hábito sustentável fizer parte da sua rotina, partilhe-o connosco para que o possamos também adotar e divulgar.

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Conheça um projeto sobre a poluição no mar e o seu impato, no site do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, da Universidade do Porto.

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