À Conversa com Lena Poinha, artista plástica

Lena Poinha, uma vida com história e talentos

Na encruzilhada da vida cruzam-se pessoas…, desta vez com Lena Poinha, artista plástica.  Por vezes, seres humanos tão inspiradores que merecem um lugar de destaque na primeira fila. São vidas com histórias e talentos que merecem ser contadas.

Privilegiamos a linguagem escrita como forma de estimular a criatividade e potenciar em nós, em vós processos transformadores e enriquecedores.

O saber é uma arte: saber-saber (arte do conhecimento); saber-viver (arte de viver em sociedade) e saber-fazer (arte da habilidade, do saber fazer acontecer)

Eis o que nos propusemos fazer Aqui e Ali.  Foi assim que desafiámos Lena Poinha, médica e artista plástica, para uma amena conversa. É com orgulho que a partilhamos consigo.

Encantou-nos a influência de África nas obras de Lena Poinha

Tivemos oportunidade de ver algumas das suas obras em galerias digital, encantaram-nos pela harmonia das cores, pela diversidade e beleza dos temas. Queremos saber um pouco mais e dar a conhecer a mulher e a artista que representa através da pintura a sua alma e visão do que a rodeia.

Leopardo bebendo

“… a Arte representa o belo e segundo o meu entender belo é a Natureza, o Homem-Mulher na sua essência.  Portanto, a minha inspiração volta-se para tudo o que é belo ao meu olhar – pode ser um pôr ou nascer do dia, o olhar de uma criança ou de um animal.  O que me inspira é o que me toca a alma e os sentidos.”

África é um continente vasto cheio de fascínio, muitos de nós apenas conhecemos de filmes e documentários, mas que deixam, sem dúvida, memórias indeléveis quer pela beleza, quer por motivos socioeconómicos mais preocupantes. Nas obras de Lena Poinha vemos bem patente este fascínio, pelas cores de África, pelas paisagens, pela vida selvagem e toda a diversidade da cultura africana.

Lena Poinha, uma mulher e uma artista inspiradora com uma noção muito própria do belo.
Para melhor conhecermos a Lena Poinha enquanto mulher, médica e artista, fale-nos um pouco de si e do seu percurso de vida.

Lena Poinha: Nasci numa família em que a figura principal era a mulher.  Sou a mais velha de cinco irmãs. A Arte nunca foi a minha primeira opção pois que, nos meus tempos, ser artista tinha uma conotação depreciativa.  Segui o caminho da medicina pois achava que me podia dedicar mais ao outro.  A Arte sempre dormente no meu ser só veio à tona mais tarde, quando comecei a ter mais tempo disponível.

Tendo nascido em Moçambique e vivido uma parte significativa da sua vida no continente africano, o que mais a inspira? A diversidade de culturas, as paisagens, a vida selvagem, a luz do amanhecer ou o por do sol com as cores quentes e fortes, a noite e os sons da natureza,…?

Lena Poinha: Para mim, a Arte representa o belo e segundo o meu entender belo é a Natureza, o Homem-Mulher na sua essência.  Portanto, a minha inspiração volta-se para tudo o que é belo ao meu olhar – pode ser um pôr ou nascer do dia, o olhar de uma criança ou de um animal.  O que me inspira é o que me toca a alma e os sentidos.

Como e quando surgiu o apelo pela pintura? Houve algum momento específico ou algum acontecimento que lhe determinou a necessidade de se exprimir através da arte?

Lena Poinha: Desde que me lembro, sempre gostei de desenhar e pintar. Não considero que tenha havido algum momento específico, mas sim o tempo que poderia dispor para me dedicar á Arte.

 A figura FEMININA
Parceira Ruiva
A espiritualidade é um dos temas das suas obras. Aqui a figura feminina desempenha um papel importante. Sente que, de alguma forma, há influência da cultura africana, ou apenas busca a união pessoal com o Absoluto?

Lena Poinha: A figura FEMININA, para mim, representa o belo, a meiguice, delicadeza, força espiritual. A mulher é a Terra, tem a virtude de dar à luz outros seres. A Terra é a Mãe. A mulher gera e a Terra oferece o ar que respiramos, o campo para semear o alimento e a água que nos sacia a sede, abençoando-nos.

Como surge uma obra? Tem algum momento particular de inspiração em que sente necessidade absoluta de exprimir a sua criatividade na forma de uma pintura? Ou é uma ideia que vai ganhando forma até saber ao certo como a pretende transmitir na tela?

Lena Poinha: As minhas obras surgem espontaneamente, sem qualquer predefinição, tendo como elemento a Natureza representada pela essência humana, animais, etc.

Tem alguma obra em particular que prefira? Se tem, o que a faz considerar especial?

Lena Poinha: Para mim, todas as minhas obras são especiais.  Posso dizer que é como um amor de mãe repartido por todos os filhos, da mesma maneira.

Sente que o seu percurso profissional ligado à medicina se reflete, de alguma forma, nas suas obras? Ou considera que são dois mundos completamente distintos?

Lena Poinha: A Arte e a Medicina sempre estiveram juntas, desde os primórdios do Homem, devido sobretudo porque para ambas a observação, é indispensável. A Medicina e a Arte são duas paixões que se complementam.  Podemos pensar se a Medicina é realmente Arte ou Ciência.  Medicina vem do Latim “ars medicina” que significa a arte de curar.     

Quais os sonhos que ainda tem por realizar?

Lena Poinha: O dar  a conhecer o meu trabalho, a minha arte.

Uma galeria de imagens de Obras de Lena Poinha

E claro, se estás em mais um dia daqueles …. em velocidade supersónica, pára. Pára, sente e inspira-te! Fica aqui uma galeria, a não perder, de algumas pinturas que pedem o teu olhar para vivenciares momentos inspiradores!

À Lena Poinha fica aqui a nossa gratidão por nos dar um pouco de si.

2 comentários em “À Conversa com Lena Poinha, artista plástica

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