À conversa com Tânia Antunes, artista plástica

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Artista Plástica Tânia Antunes

Tânia Antunes, numa conversa muito informal, fala-nos da sua paixão e da dedicação à arte da pintura. Nasce muito cedo a aptidão e o gosto por desenhar e pintar. Mas segundo a artista plástica, tudo acontece de uma forma natural e espontânea.

E nas palavras de Tânia Antunes

“… a arte é emocionante, tem a sua própria presença, por isso quando nos toca a alma não devemos ignorar, seja em criar ou adquirir.”

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Fale-nos um pouco de si, do seu jovem percurso de vida, das suas metas e objetivos.

Nasci no Barreiro, mas tenho vivido desde a juventude no concelho de Almada. Desde cedo tenho gosto pelo desenho, mas quando iniciei o meu trabalho laboral, a pintura e desenho tornaram-se mais um hobby. Depois de alguns anos de trabalho, percebi que o que eu queria mesmo era ter o meu tempo mais dedicado às artes, por isso decidi arriscar e dedicar mais tempo, tornando a pintura parte da minha vida, porque sentia essa necessidade dentro de mim. Desde aí, tenho participado em exposições que me realizam pessoalmente e permitem-me partilhar esse meu mundo com os outros. Por isso, o meu objetivo é continuar a aprender e evoluir todos os dias para um dia conseguir viver da arte.

 

Tânia, sendo ainda tão jovem, como imagina e olha para o seu futuro como artista plástica?

Não penso muito no futuro nesse sentido, porque é no presente que tenho os meus momentos de criação. O futuro, vejo-o mais como um reconhecimento do meu trabalho no presente, por isso, estar focada no agora é o que considero ser mais importante. Mas claro que, falando num futuro, gostaria de ver as minhas obras expostas em casa de pessoas que as apreciam.

“…desde que me lembro sempre gostei de desenhar e pintar”

 

Quando e como descobriu o gosto pela arte? Teve influências familiares, da sociedade onde cresceu, ou é apenas um dom inato?

Não considero que fosse uma descoberta o gosto pela arte, desde que me lembro sempre gostei de desenhar e pintar, e sempre senti que o que fazia me saía naturalmente e de forma espontânea.

 

Tem alguma formação específica ou é uma autodidata?

O meu conhecimento sobre pintura adquiri não só na escola, mas também, nos livros que leio, nas conversas que partilho com outras pessoas, nas viagens que faço.
A formação que adquiri no ensino secundário, na área das Artes, permitiu-me aprender e experimentar novas técnicas, que associado ao jeito natural que tinha, me permitiu evoluir e conhecer uma pouco mais da história da Arte.
E claro, que também me considero de alguma forma autodidata, porque continuo sempre a procurar novos materiais/técnicas e experimentar novos resultados, sempre buscando inovar.

“As influências e estilos com os quais me identifico mais são o cubismo e surrealismo, muitas vezes tentando encontrar um equilíbrio entre os dois.”

 

Que influências e estilos mais se coadunam com a sua forma de interpretar a realidade?

As influências e estilos com os quais me identifico mais são o cubismo e surrealismo, muitas vezes tentando encontrar um equilíbrio entre os dois. Em boa verdade, chamar de cubismo surrealista ou surrealismo cubista, são expressões minhas que tento aplicar na minha expressão artística.

 

Quais os artistas, atuais ou do passado, que mais admira e a inspiram? Há algum artista da atualidade ou não que para si é uma referência?

Os artistas que me inspiraram foram Amadeu Sousa Cardoso, Pablo Picasso, George Braque, Salvador Dali. Atualmente, o que me inspira é o meio envolvente, as minhas vivências, os meus sonhos, não tenho um artista de referência atual. No fundo, todos me podem inspirar com uma de suas pinturas ou esculturas, através da sua mensagem ou sensibilidade expressa nas suas obras.

 

De todas as exposições em que tem participado, há alguma que para si tenha sido muito especial?

Todas as exposições foram especiais à sua maneira, porque foram em locais e momentos diferentes. Para mim, uma exposição é sempre um momento de felicidade, em que partilho um pouco de mim com as outras pessoas. Mas se tiver de escolher uma muito especial, a exposição “4 Artes e Ofícios” no Castelo de Palmela reuniu o conjunto de fatores que a tornaram única, tais como, o espaço histórico em que decorreu, a divulgação e organização do evento.

 

Há alguma exposição, individual ou coletiva onde o público possa apreciar as suas obras, a realizar brevemente?

Localmente não tenho previsto nada para breve, mas tenho as minha obras expostas na minha conta  de Instagram e na minha página de facebook .

 

Quando olha para o que acaba de criar – a sua tela, como se sente? O que vivencia?

Feliz. Depois da incerteza, da persistência e do prazer que o trabalho envolve, ver o resultado final, é uma sensação única de felicidade e entusiasmo por partilhá-lo.

 

Há alguma obra sua que considere especial?

Para mim todas as obras são especiais pois marcaram ou representaram fases da minha vida. Mas há sempre umas obras que nos marcaram mais que outras, por exemplo, “Os Opostos-Homem” marcou-me porque foi uma “mão” que me puxou que me fez seguir em frente nas Artes, e a “Libra da Sirena” porque representa as minhas escolhas.

 

Como e onde se podem adquirir as suas obras?

Falando diretamente comigo via e-mail (taniantunes.86@gmail.com) ou com as galerias com quem tenho parceria.

Sobre si – Perguntas de resposta rápida:

  • Um projeto de sonho seria … Ter um atelier com galeria para expor e vender as minhas obras.
  • Qual é o seu maior sonho e o seu maior medo? Sonho com o momento de poder viver de forma auto-sustentável e em harmonia com a natureza e tenho medo de não ter saúde.
  • O que seria um dia perfeito para si? Passear a cavalo à beira mar.
  • O que pretende que conste no seu futuro currículo? Uma exposição Internacional individual, um livro sobre minhas pinturas.
  • O meu livro preferido é … Este ano li o livro “Reconexão” e adorei!
  • O filme que melhor descreve a história da minha vida é … Teria que juntar alguns filmes, mas algo de ação e aventura com romance e uma pitada de drama.
  • O meu amuleto da sorte é … A ferradura.
  • Algo que me motiva … A liberdade.
  • Era capaz de passar horas e horas … A ver séries.

 

Neste momento este espaço é seu, quer dizer algo que ficou por dizer ou simplesmente deixar alguma mensagem aos jovens futuros artistas, como a Tânia, ou ao público em geral?

Diria que a arte é emocionante, tem a sua própria presença, por isso quando nos toca a alma não devemos ignorar, seja em criar ou adquirir.

 

Fica aqui uma pequena Galeria das obras da artista plástica Tânia Antunes

Tempo em mente
“Tempo em mente”, Acrílico sobre tela, 100x40cm, 2017

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