A história de Pinóquio, o menino italiano muito traquina

A propósito do Dia da Criança, de mentiras e outras travessuras, vamos falar sobre a história de Pinóquio. O menino que magicamente nasce de uma marioneta de madeira e que tem um nariz que cresce sempre que diz mentiras.

Pinóquio é uma das personagens mais conhecidas da literatura infantil e juvenil. A história de Pinóquio e as suas fantásticas aventuras descritas com humor, têm feito as delícias dos mais jovens ao longo de muitos anos. Também nós, em criança, nos deliciámos com a leitura dos livros e com as imagens de Pinóquio. Uma recente visita a Itália trouxe à memória recordações que nos levam a este pequeno texto.

Pinóquio um menino italiano

Quem já visitou a região da Toscana em Itália, vê por todo o lado, peças que retratam este menino de madeira. Isto acontece porque Pinóquio (Pinocchio, em italiano) nasce em Itália, em Firenze na região de Florença.

Pinocchio nasce de forma muito original! Nasce da imaginação de Carlo Collodi. Tem por pai Gepeto (Geppetto, em italiano) um artesão e por mãe a Fada Azul, uma menina de cabelos azuis que, numa bela noite, dá vida ao boneco.

Foi Carlo Lorenzini (1881 a 1883), usando o pseudónimo de Carlo Collodi escolhido em homenagem à cidade de origem de sua mãe, jornalista e escritor italiano que, de forma muito criativa, imaginou Pinocchio.  Carlo Lorenzini, conta-nos as aventuras fantásticas que vão testar a coragem, a lealdade e a honestidade do boneco. São valores que ele tem que aprender para se tornar um menino de verdade. No entanto a história original é bastante diferente da que hoje conhecemos. No livro original Pinóquio, era um menino muito desobediente e um pouco egoísta, mas o tempo tudo muda.  Assim, ajustando a personagem aos dias atuais, Pinóquio é hoje um menino que faz muitas travessuras e vive muitas aventuras, mas é meigo e ingénuo. A adaptação ao cinema feita pela Walt Disney imortalizou, num filme em desenho animado, esta personagem.

 

Como aconteceu a magia do nascimento Pinocchio?

Era uma vez….. um pobre artesão chamado Gepeto que vivia numa terra da região da Toscana. Gepeto morava sozinho rodeado de belas peças de madeira que, com muita paciência, fazia à mão. Gostava de fazer relógios que tinha em casa por todo o lado. Vivia do pouco dinheiro que conseguia com a venda das suas obras de madeira. Pouco mais podia comprar para além de um pedaço de pão e um copo de vinho.

Gepeto sonhava ter um filho e numa noite imaginou um boneco de madeira, uma marioneta, que iria construir. Seria o seu menino de madeira!

Levantou-se cedo e escolheu a madeira para fazer uma marioneta, um pequeno rapaz que seria o seu filho de madeira. Quando terminou olhou com orgulho para o seu trabalho e pensou: “Que bom seria se este boneco de madeira fosse real e pudesse viver comigo…. Tanto pensou nisso, que uma noite, sem que estivesse já à espera, aconteceu a magia! O boneco de madeira ganhou vida!

Gepeto nem queria acreditar que o seu sonho se tornara realidade. Gritou de alegria e, entre gargalhadas de felicidade, disse: “Olá, muito Bem-vindo! Vou chamar-te Pinocchio”.

A dedicação do pai

Gepeto tratou Pinocchio como se fosse um filho. Logo que pode mando-o para a escola. Ajudava-o a vestir-se dava-lhe alguns livros, alguns conselhos e, depois de um beijo na face mandava-o ir para a escola. Queria que Pinóquio, tal como acontecia com os outros meninos, aprendesse a ler e escrever. Pinóquio respondia que sim aos conselhos do pai e, alegremente, seguia caminho em direção à escola. No caminho da casa para a escola e da escola para casa Pinocchio vive grandes aventuras.

Collodi, descreve Gepeto como um pai de grande dedicação pelo seu filho. Conta que Gepeto, não tendo dinheiro suficiente, vende o seu único casaco para poder comprar um a Pinóquio que levava vestido para a escola.

O nariz de Pinóquio

A figura de Pinóquio é inconfundível, mas o que melhor conhecemos é o seu nariz que cresce com as mentiras. Julga-se que Collodi pretendia mostrar o que muitas crianças fazem: dizem pequenas mentiras para se desculparem, fruto da sua fértil imaginação. Por outro lado, a história da marioneta que ganha vida na pele de um pequeno rapaz, talvez pretenda mostrar a dificuldade de os pais educarem os seus filhos, tal como marionetas podem ser difíceis de “manobrar”/ educar.

Como referimos, ao longo do tempo foram acontecendo algumas transformações à história original de Pinóquio. A Walt Disney introduz na história outros personagens, o Grilo Falante, que surge como a sua consciência, dizendo-lhe o que deve ou não fazer. Gepeto já não é o artesão muito pobre, vive numa casa confortável. Tem por companhia um gato Fígaro e um peixe Cleo e está rodeado pelos seus imensos e maravilhosos relógios. Nesta versão da história, o nariz de Pinóquio cresce com as mentiras e com o medo de que a fada Azul não o torne um menino de verdade. Assim,  pretende-se mostrar aos mais novos que não devem dizer mentiras, para não ficarem como o Pinóquio, um menino de madeira cujo nariz cresce com as mentiras.

 

As travessuras dos crescidos

Talvez esta característica de crescimento do nariz e a transformação em boneco de madeira se pudesse aplicar a todos os crescidos que, com responsabilidades inerentes aos papeis que desempenham na sociedade, dizem mentiras que afetam a vida dos outros. Seria engraçado encontrar na rua pessoas de grande nariz….

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