Mata Nacional do Buçaco – Um património único no mundo

A Vila do Luso e a Mata do Buçaco

Num fim-de-semana de maio passeámos pelo Luso e visitámos a Mata do Buçaco – uma das matas nacionais mais ricas em património natural, arquitetónico e cultural. É um espaço privilegiado para o contacto com uma natureza rica em biodiversidade da fauna e flora onde pode observar espécies raras e protegidas, e exercitar os músculos percorrendo os 105 hectares ao longo dos vários trilhos existentes, apreciar o património edificado e repousar o espírito sentindo-se em perfeita harmonia com o que nos rodeia. Não perca uma oportunidade de ir e apreciar todo um património natural e edificado, com imenso valor histórico, botânico, faunístico e paisagístico. 

Chegámos pela manhã, o valor da entrada com o veículo é de 5,00€, revertendo na totalidade para a manutenção da Mata. Utilizando calçado e roupa apropriada pois o tempo estava húmido, muito devido à localização geográfica, à altitude com cerca de 549m e a densa vegetação. Munidos de um mapa, obtido no posto de turismo do Luso, fomos percorrendo o caminho admirando a exuberância da vegetação e fizemos uma primeira paragem num local encantado, a Fonte Fria. As duas principais linhas de água da Mata unem-se na Fonte Fria, ornamentada com uma escadaria monumental que acompanha a encosta.

Fonte Fria

Percorremos as veredas rodeadas de inúmeros jarros brancos e de fetos de porte arbóreo até aos lagos Grande e Pequeno.

De volta ao carro, subimos ao topo da Serra, estacionando junto ao Palácio/Hotel do Buçaco rodeado de jardins bem cuidados. Aqui, podemos apreciar a arquitetura majestosa do palácio datado do final do século XIX, em estilo neomanuelino, decorado com grandes painéis de azulejos, onde funciona o hotel, Palace Hotel.

No conjunto das construções aqui existentes, aprecie o exterior do Convento de Santa Cruz, não pode ser visitado pois encontra-se em obras de manutenção/recuperação. O convento foi pertencente à ordem dos Carmelitas Descalços, cuja construção data do século XVII. Apreciamos a utilização da técnica dos embrechados, resultando numa decoração espantosa exposta nas suas paredes.

Convento2

Percorremos os caminhos da Via Sacra, feita à escala da de Jerusalém, ornada pelo Pretório e pelas capelas destinadas a representar os Passos da Paixão de Jesus Cristo. As figuras no interior das capelas são feitas de barro cozido e datam do ano de 1938.

Descansámos e tomámos uma refeição ligeira no Bar/esplanada da Mata, próximo do Palácio, dos jardins e da loja e posto de informação.

Jardim

No Adernal – Mata Relíquia que ainda conserva espécies da floresta primitiva e de copado denso. Situado na zona mais elevada e pedregosa da mata, podemos observar a vegetação mais característica onde o aderno é dominante. Este, é um bosque único, com elevada relevância ecológica, quer pela raridade e singularidade a nível nacional, quer pela biodiversidade que alberga. Aqui predominam o aderno (Phillyrea latifolia), o medronheiro (Arbutus unedo), loureiro (Lauros nobílis) azevinho (Ilex aquifolium) o sobreiro (Quercus suber) e o pinheiro manso (Pinus pinea).

A caminho da Porta de Coimbra passamos pelo eucalipto gigante, o mais antigo eucalipto da mata. Saímos pela Porta da Rainha em direção ao Museu Militar e voltámos a entrar pela Porta da Cruz Alta.

A vista dos pontos mais altos da mata é magnífica!

 

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